12 de fevereiro, 2017

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Irmã Lúcia  entra na toponímia de Fátima

Avenida Irmã Lúcia de Jesus começa na rotunda dos Pastorinhos e segue até à igreja paroquial de Fátima

 

A partir deste domingo a Irmã Lúcia de Jesus passa a constar da toponímia da freguesia de Fátima, depois da junta de freguesia ter atribuído o seu nome à avenida compreendida entre a rotunda dos Pastorinhos, na Cova da Iria e a igreja paroquial de Fátima.

Esta nova avenida, assim designada, junta-se às ruas Francisco e Jacinta Marto, cuja placa toponímica também foi melhorada, formando “uma unidade” que além de sublinhar o “exemplo superior dos pastorinhos”, filhos da terra, confere a Fátima o epíteto de “cidade da paz”, tema bem presente na Mensagem que Nossa Senhora deixou na Cova da iria aos três videntes, destacou o presidente da Junta de Freguesia de Fátima.

A inauguração desta nova toponímia, aprovada em assembleia municipal, decorreu esta manhã, véspera do dia em que se assinala a passagem do 12º aniversário da morte da religiosa carmelita, e contou com a presença, entre outros, do vice-reitor do Santuário de Fátima, Pe Vitor Coutinho e dos postulador e vice-postuladora da Causa de Beatificação da Irmã Lúcia, o Padre Carmelita Romano Gambalunga e a Ir. Ângela Coelho, da Aliança de Santa Maria.

Esta segunda feira, encerra a fase diocesana do Processo de Canonização da Irmã Lúcia de Jesus (1907-2005), passando agora para a competência direta da Santa Sé e do Papa.

A sessão solene de clausura terá lugar no Carmelo de Santa Teresa de Coimbra e é aberta à participação dos fiéis.

Com início às 17h00 com a sessão de clausura, segue-se uma missa de ação de graças. À noite, pelas 21h30, terá lugar o concerto “O meu caminho”, com o Coro Sinfónico Lisboa Cantata, o Coro Infantil do Conservatório Regional de Coimbra e a Orquestra Clássica do Centro, na Sé Nova de Coimbra.

A vice-postuladora da causa de canonização da Irmã Lúcia (1907-2005) disse à Sala de Imprensa do Santuário de Fátima que o processo diocesano, agora concluído, resultou num documento muito extenso  que segue para Roma, em duplicado, onde será submetido a rigoroso escrutínio formal, que decorre das exigências definidas pela Igreja Católica neste tipo de processos.

Esta fase do Processo de Canonização da vidente de Fátima, que agora termina, reúne todos os escritos da Irmã Lúcia, os depoimentos das testemunhas ouvidas acerca da sua fama de santidade e das suas virtudes heroicas, passando agora para a competência direta da Santa Sé e do Papa.

O trabalho de compilação do material está a envolver várias copistas e irmãs da Aliança de Santa Maria que se voluntariaram para esta missão.

De acordo com a Ir. Ângela Coelho, todos os elementos têm “trabalhado pela noite dentro para que tudo se apresente de acordo com as indicações da Congregação das Causas dos Santos”, da Santa Sé.

A burocracia é substancial, na elaboração de um processo desta natureza, mas para a vice-postuladora  este trabalho era não só “necessário” mas também “uma questão de justiça, para com a irmã Lúcia” e “para com a verdade que a Igreja tem de defender”.

Por um lado, está em causa a vida da irmã Lúcia, “batizada, cristã, consagrada”, e por outro “um pronunciamento da Igreja, com certeza, acerca da santidade de um dos seus membros”, e “esta verdade tem que ser investigada”, aponta a mesma responsável.

“Só depois é que vai ser construída a positio [um compêndio dos relatos e estudos realizados pela comissão jurídica], haverá o decreto de validade, o decreto de heroicidade das virtudes, e só depois do decreto de heroicidade das virtudes, é que pode entrar o milagre ou o estudo de um presumível milagre. Estamos a falar de um tempo muito dilatado”, frisa a vice-postuladora.

Cada processo de canonização é composto por uma fase diocesana e outra romana. A que agora termina foi constituída pela recolha e estudo teológico dos inúmeros documentos escritos pela Irmã Lúcia: os livros publicados, o seu diário a que deu o título O meu Caminho, a vasta documentação epistolar e outros documentos inéditos. Simultaneamente, foram ouvidas várias pessoas que com ela conviveram e cujo testemunho nos forneceu dados fundamentais para traçar o perfil da vida e das virtudes da religiosa carmelita que foi, um dia, vidente de Fátima.

Todo este material, juntamente com os documentos relativos à sua fama de santidade, seguirá agora para a Congregação para as Causas dos Santos, no Vaticano, onde se iniciará a fase romana deste processo, em que se estudará a vida e as virtudes da Irmã Lúcia.

Se, em conclusão desse estudo, se reconhecer na Irmã Lúcia o perfil de quem viveu a configuração com Cristo, o processo será apresentado ao Santo Padre que assinará o Decreto da Heroicidade das Virtudes, proclamando-a venerável. Se assim acontecer, ficará depois a faltar a aprovação de um milagre para a Beatificação e de um outro para a Canonização, terminando assim este processo.

A parte inicial da causa de canonização da Irmã Lúcia começou em 2008, três anos após a sua morte, depois de o agora Papa emérito Bento XVI ter concedido uma dispensa em relação ao período de espera estipulado pelo Direito Canónico (cinco anos).

Nesta fase diocesana trabalharam a tempo inteiro cerca de três dezenas de pessoas, 18 delas teólogos e 8 elementos na Comissão histórica.

A irmã Lúcia de Jesus (1907-2005) viveu 57 anos de vida carmelita e encontra-se sepultada na Basílica de Nossa Senhora do Rosário, no Santuário de Fátima, desde 2006.

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