02 de fevereiro, 2017

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D. António Marto denuncia a “eutanásia cultural” que promove uma cultura do descarte

Bispo de Leiria-Fátima preside eucaristia do dia do Consagrado na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima

 

D. António Marto denunciou aquilo que chama a ”eutanásia cultural” que leva  a uma cultura do descarte, e apelou ao testemunho dos consagrados na luta em prol da dignidade da vida humana.

Na homilia da Missa que assinalou o dia do Consagrado, no Santuário de Fátima, e que reuniu esta manhã na Cova da Iria, centenas de consagrados na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, o bispo da diocese apelou ao testemunho dos consagrados.

“Este testemunho torna-se cada vez mais premente e atual hoje, sobretudo no momento em que a vida humana é atingida pela fragilidade e cuja dignidade hoje é posta em causa através da revindicação da Eutanásia. Toda a gente tem direito a uma morte digna, mas que não mate ninguém”, disse D. António Marto.

Segundo o prelado a revindicação da eutanásia surge do “isolamento, da solidão” a que são votados aqueles que já não servem a sociedade, por isso “a alternativa à revindicação da eutanásia são os cuidados paliativos, no sentido mais abrangente da palavra”.

“É preciso resistir a uma mentalidade que se vai generalizando que se poderia chamar de eutanásia cultural, antes da eutanásia física, está uma eutanásia cultural de quem vota ao isolamento, à solidão, ao abandono, ao descarte as pessoas frágeis pelo sofrimento ou pelos limites da idade, levando-os a considerar como um peso, um fardo intolerável para a sociedade”, salientou.

D. António Marto, bispo de Leiria-Fátima, que presidiu à Eucaristia, afirmou que a Festa da Apresentação do Senhor “é a festa do encontro” e convidou os peregrinos a olharem para a vida consagrada como “um encontro com Cristo”.

“Também nós podemos olhar para a vida consagrada como um encontro com Cristo, encontro especial com Cristo de tal maneira que cada consagrado/a é verdadeiramente homem/mulher do encontro com Cristo”, frisou.

D. António Marto desafiou os consagrados a sair da passividade porque quem faz a experiência do encontro com Cristo não a pode guardar só para si.

O prelado diocesano exortou os consagrados a saírem “da passividade da auto-satisfação de quem vive contente no seu recinto de conforto, na sua casa, na sua comunidade. Sair do desalento, face à crise do mundo para O testemunhar com alegria e entusiasmo”.

O bispo de Leiria-Fátima salientou várias vezes, durante a homilia, a dimensão da alegria presente na celebração desta festa.

 “A Apresentação do Senhor é um dos mistérios gozosos do terço, gozosos quer dizer de alegria, de gozo, de fé. É uma festa cheia de ternura, de encanto, de beleza e de alegria”, referiu.

O prelado assinalou os anciãos Simeão e Ana como os representantes do povo fiel a Deus que encontrando em Jesus o consolador, não contiveram a sua alegria e a levaram a todos.

“É esta alegria que nós somos convidados a experimentar, a viver, a celebrar, a cantar e a levar connosco.”

No dia  2 de fevereiro a Igreja celebra a Festa da Apresentação do Senhor, dia escolhido para ser o Dia da Vida Consagrada. Este dia foi instituído oficialmente por João Paulo II no ano de 1997. Na sua mensagem para a celebração do primeiro dia da Vida Consagrada, dizia: “Já faz algumas décadas que, na Igreja de Roma e em outras Dioceses, a festividade do dia 2 de fevereiro reúne quase espontaneamente numerosos membros de Institutos de Vida Consagrada e de Sociedades de Vida Apostólica ao redor do Papa e dos pastores diocesanos, para manifestar coralmente, em comunhão com o inteiro povo de Deus, o dom e o compromisso do próprio chamado, a variedade dos carismas da vida consagrada e a sua peculiar presença no âmbito da comunidade dos que crêem.”

Na mesma mensagem expressava o desejo:

“Desejo que essa experiência se estenda a toda a Igreja, de modo que a celebração do Dia da Vida consagrada reúna as pessoas consagradas, juntamente com os outros fiéis, para cantar com a Virgem Maria as maravilhas que o Senhor realiza em tantos seus filhos e filhas, e para manifestar a todos que a condição de «povo a Ele consagrado» (Dt. 28, 9) é a condição de todos que foram remidos por Cristo.”

 

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